UM ENSAIO SOBRE A DIETA HUMANA:
Ciência, Ancestralidade e a Quebra dos Mitos Nutricionais Modernos
Josimar Salum
5/8/2025
Fiz uma pesquisa minuciosa, cuidadosa e fundamentada em conhecimentos científicos comprovados, na análise crítica de inúmeras publicações, nas conclusões de estudos revisados por especialistas independentes, em aconselhamentos de profissionais de diversas áreas do conhecimento — incluindo medicina funcional, nutrição evolutiva, cinesiologia, bioquímica clínica, endocrinologia e ciências metabólicas — e, sobretudo, com base em minha própria experiência pessoal de saúde, transformação e discernimento prático ao longo dos anos.
Este artigo é o resultado de uma busca pelo bom senso, livre de narrativas ideológicas ou interesses comerciais, que tem como objetivo oferecer uma compreensão coerente, honesta e completa sobre qual é, afinal, a melhor dieta para o ser humano.
Trata-se de uma exposição fiel à luz da fisiologia humana, da evidência clínica moderna e do que já sabiam, na prática, os nossos ancestrais: que o corpo humano não foi projetado para consumir alimentos refinados, processados ou artificiais, mas para ser nutrido com comida de verdade — natural, íntegra, densa em nutrientes e metabolicamente compatível com nossa estrutura.
Por décadas, fomos ensinados que gorduras saturadas causam infarto, que o colesterol é um inimigo mortal, que os carboidratos são essenciais para o cérebro e que dietas como a cetogênica ou carnívora deveriam ser “restritas” ou “temporárias”. Entretanto, à luz das descobertas científicas mais recentes e da fisiologia humana ancestral, essas afirmações não se sustentam. Pelo contrário, representam alguns dos maiores mitos nutricionais já promovidos na história da saúde pública.
O CORPO HUMANO E SUA ENGENHARIA METABÓLICA
A base da alimentação ideal para o ser humano não está nos modismos, ideologias ou nas diretrizes de governos influenciados pela indústria, mas sim na própria fisiologia do corpo humano.
• O corpo funciona melhor com gordura como fonte primária de energia, e não com glicose em excesso.
• O cérebro pode usar glicose, mas funciona com igual ou superior eficiência usando corpos cetônicos — especialmente em contextos de saúde metabólica ou restrição de carboidratos.
• Nutrientes essenciais como vitamina B12, ferro heme, colina, creatina, DHA e vitamina A ativa estão disponíveis quase exclusivamente em alimentos de origem animal.
A FALÁCIA DOS CARBOIDRATOS ESSENCIAIS
Apesar da afirmação comum de que o cérebro “precisa” de glicose, o próprio corpo humano é perfeitamente capaz de:
• Produzir glicose via gliconeogênese (a partir de aminoácidos e glicerol),
• Utilizar corpos cetônicos, gerados a partir da gordura, como fonte limpa, eficiente e anti-inflamatória de energia.
Os carboidratos não são essenciais à sobrevivência, embora possam ser usados com eficiência em certos contextos (como exercício de explosão). Mas a dependência crônica de carboidratos — especialmente os refinados — está diretamente associada ao surgimento de:
• Obesidade,
• Diabetes tipo 2,
• Doenças cardiovasculares,
• Inflamações crônicas,
• Disfunções hormonais e neurológicas.
GORDURA SATURADA E COLESTEROL: O MITO CIENTÍFICO DESMONTADO
A guerra contra a gordura saturada começou com Ancel Keys, na década de 1950, com a chamada “hipótese lipídica” — um estudo mal interpretado que associava gordura saturada a doenças cardíacas. O problema? Dados foram selecionados para se ajustarem à hipótese, ignorando países onde o alto consumo de gordura não resultava em doenças cardíacas.
As evidências atuais são claras:
• Revisões sistemáticas (BMJ, AJCN, Cochrane) não mostram relação causal entre gordura saturada e doenças cardíacas.
• O colesterol total não é um bom marcador de risco — o que importa é a inflamação sistêmica, a resistência à insulina e o tamanho das partículas de LDL.
• Idosos com colesterol mais alto têm menor mortalidade geral.
• O colesterol é essencial para:
• Hormônios,
• Membranas celulares,
• Função cerebral,
• Produção de vitamina D.
A REDESCOBERTA DAS DIETAS ANCESTRAIS
As chamadas dietas cetogênica, paleolítica e carnívora não são invenções modernas. São tentativas de retornar ao padrão alimentar que sustentou a espécie humana por centenas de milhares de anos.
São baseadas em:
• Comida de verdade, sem rótulo, sem ingrediente impronunciável.
• Gorduras naturais: banha, manteiga, sebo, azeite, óleo de coco.
• Carnes, ovos, órgãos, peixes, caldo de ossos, vegetais fibrosos e raízes sazonais.
• Ausência de grãos, açúcar, óleos vegetais refinados e produtos ultraprocessados.
OS BENEFÍCIOS CLÍNICOS DOCUMENTADOS
A ciência moderna já comprovou que dietas de base animal e/ou cetogênica:
• Regridem ou revertem diabetes tipo 2;
• Reduzem inflamação e marcardores de risco cardiovascular;
• Promovem perda de peso sem fome;
• Melhoram quadros neurológicos (epilepsia, Alzheimer, autismo);
• Aumentam clareza mental e estabilizam humor;
• Diminuem triglicerídeos e aumentam o HDL;
• Promovem saciedade duradoura e controle da compulsão alimentar.
O ERRO DA “MODERAÇÃO” E DO “TEMPO LIMITADO”
Muitos ainda dizem que dietas cetogênicas ou carnívoras devem ser temporárias — mesmo diante de todas essas evidências. Mas isso não faz sentido, nem fisiológico nem histórico.
Se nossos ancestrais viveram a maior parte da história humana em cetose nutricional, por que deveríamos limitar uma dieta que cura doenças, reduz inflamações e regenera o metabolismo?
Essa advertência, frequentemente repetida até por profissionais bem-intencionados, revela um medo herdado de narrativas ultrapassadas e de uma dependência das diretrizes oficiais, que foram moldadas por interesses econômicos, não pela saúde pública.
E AS DIETAS VEGETARIANAS OU VEGANAS?
Embora muitos apontem benefícios dessas dietas (especialmente a curto prazo), os riscos a médio e longo prazo incluem:
• Deficiências severas de B12, ferro, zinco, vitamina A, DHA e proteínas completas;
• Dificuldade de manutenção muscular (especialmente em idosos);
• Disfunções hormonais e metabólicas;
• Risco elevado de consumo de carboidratos refinados, soja industrializada e ultraprocessados “vegan-friendly”.
Além disso, muitas vezes essas dietas são motivadas mais por ideologias (éticas ou ambientais) do que pela fisiologia humana — mas não tratado como superior cientificamente.
ENTÃO, QUAL É A MELHOR DIETA PARA O SER HUMANO?
A resposta honesta, coerente e fundamentada é:
A melhor dieta para o ser humano é aquela que respeita sua fisiologia, sua história evolutiva e sua necessidade de nutrientes densos, anti-inflamatórios e naturais.
Ou seja:
Uma dieta baseada em:
• Carnes, ovos, peixes e órgãos
• Gorduras naturais, inclusive saturadas
• Vegetais fibrosos (opcional e adaptável)
• Frutas e raízes de baixo impacto glicêmico (quando necessário)
• Zero produtos refinados, industrializados, açucarados ou artificiais
Essa dieta pode assumir forma cetogênica, carnívora, paleolítica ou mista, desde que se mantenha alinhada com a estrutura biológica e metabólica humana.
CONCLUSÃO FINAL
A verdade nutricional não está nas diretrizes governamentais, nas pirâmides alimentares antigas ou nas campanhas midiáticas patrocinadas por indústrias de grãos, açúcar e medicamentos. Ela está na fisiologia humana, na história dos povos e nos resultados práticos que vemos na saúde de quem decide romper com as mentiras da modernidade alimentar.
Comer como o ser humano foi criado para comer — com comida de verdade, gordura natural e proteína animal — não é radical.
Radical é achar que margarina, cereal de caixa e óleo de soja, de milho, girassol e canola são comida.
#ASONE

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