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sábado, 27 de dezembro de 2025

UM ENSAIO SOBRE A DIETA HUMANA: Por Josimar Salum

UM ENSAIO SOBRE A DIETA HUMANA:

Ciência, Ancestralidade e a Quebra dos Mitos Nutricionais Modernos


Josimar Salum

5/8/2025


Fiz uma pesquisa minuciosa, cuidadosa e fundamentada em conhecimentos científicos comprovados, na análise crítica de inúmeras  publicações, nas conclusões de estudos revisados por especialistas independentes, em aconselhamentos de profissionais de diversas áreas do conhecimento — incluindo medicina funcional, nutrição evolutiva, cinesiologia, bioquímica clínica, endocrinologia e ciências metabólicas — e, sobretudo, com base em minha própria experiência pessoal de saúde, transformação e discernimento prático ao longo dos anos.


Este artigo é o resultado de uma busca pelo bom senso, livre de narrativas ideológicas ou interesses comerciais, que tem como objetivo oferecer uma compreensão coerente, honesta e completa sobre qual é, afinal, a melhor dieta para o ser humano


Trata-se de uma exposição fiel à luz da fisiologia humana, da evidência clínica moderna e do que já sabiam, na prática, os nossos ancestrais: que o corpo humano não foi projetado para consumir alimentos refinados, processados ou artificiais, mas para ser nutrido com comida de verdade — natural, íntegra, densa em nutrientes e metabolicamente compatível com nossa estrutura.

  

Por décadas, fomos ensinados que gorduras saturadas causam infarto, que o colesterol é um inimigo mortal, que os carboidratos são essenciais para o cérebro e que dietas como a cetogênica ou carnívora deveriam ser “restritas” ou “temporárias”. Entretanto, à luz das descobertas científicas mais recentes e da fisiologia humana ancestral, essas afirmações não se sustentam. Pelo contrário, representam alguns dos maiores mitos nutricionais já promovidos na história da saúde pública.


O CORPO HUMANO E SUA ENGENHARIA METABÓLICA


A base da alimentação ideal para o ser humano não está nos modismos, ideologias ou nas diretrizes de governos influenciados pela indústria, mas sim na própria fisiologia do corpo humano.


O corpo funciona melhor com gordura como fonte primária de energia, e não com glicose em excesso.


O cérebro pode usar glicose, mas funciona com igual ou superior eficiência usando corpos cetônicos — especialmente em contextos de saúde metabólica ou restrição de carboidratos.


Nutrientes essenciais como vitamina B12, ferro heme, colina, creatina, DHA e vitamina A ativa estão disponíveis quase exclusivamente em alimentos de origem animal.


A FALÁCIA DOS CARBOIDRATOS ESSENCIAIS


Apesar da afirmação comum de que o cérebro “precisa” de glicose, o próprio corpo humano é perfeitamente capaz de:

Produzir glicose via gliconeogênese (a partir de aminoácidos e glicerol),


Utilizar corpos cetônicos, gerados a partir da gordura, como fonte limpa, eficiente e anti-inflamatória de energia.


Os carboidratos não são essenciais à sobrevivência, embora possam ser usados com eficiência em certos contextos (como exercício de explosão). Mas a dependência crônica de carboidratos — especialmente os refinados — está diretamente associada ao surgimento de:

Obesidade,

Diabetes tipo 2,

Doenças cardiovasculares,

Inflamações crônicas,

Disfunções hormonais e neurológicas.


GORDURA SATURADA E COLESTEROL: O MITO CIENTÍFICO DESMONTADO


A guerra contra a gordura saturada começou com Ancel Keys, na década de 1950, com a chamada “hipótese lipídica” — um estudo mal interpretado que associava gordura saturada a doenças cardíacas. O problema? Dados foram selecionados para se ajustarem à hipótese, ignorando países onde o alto consumo de gordura não resultava em doenças cardíacas.


As evidências atuais são claras:


Revisões sistemáticas (BMJ, AJCN, Cochrane) não mostram relação causal entre gordura saturada e doenças cardíacas.


O colesterol total não é um bom marcador de risco — o que importa é a inflamação sistêmica, a resistência à insulina e o tamanho das partículas de LDL.


Idosos com colesterol mais alto têm menor mortalidade geral.


O colesterol é essencial para:

Hormônios,

Membranas celulares,

Função cerebral,

Produção de vitamina D.


A REDESCOBERTA DAS DIETAS ANCESTRAIS


As chamadas dietas cetogênicapaleolítica e carnívora não são invenções modernas. São tentativas de retornar ao padrão alimentar que sustentou a espécie humana por centenas de milhares de anos.


São baseadas em:


Comida de verdade, sem rótulo, sem ingrediente impronunciável.


Gorduras naturais: banha, manteiga, sebo, azeite, óleo de coco.


Carnes, ovos, órgãos, peixes, caldo de ossos, vegetais fibrosos e raízes sazonais.


Ausência de grãos, açúcar, óleos vegetais refinados e produtos ultraprocessados.


OS BENEFÍCIOS CLÍNICOS DOCUMENTADOS


A ciência moderna já comprovou que dietas de base animal e/ou cetogênica:


Regridem ou revertem diabetes tipo 2;


Reduzem inflamação e marcardores de risco cardiovascular;


Promovem perda de peso sem fome;


Melhoram quadros neurológicos (epilepsia, Alzheimer, autismo);


Aumentam clareza mental e estabilizam humor;


Diminuem triglicerídeos e aumentam o HDL;


Promovem saciedade duradoura e controle da compulsão alimentar.


O ERRO DA “MODERAÇÃO” E DO “TEMPO LIMITADO”


Muitos ainda dizem que dietas cetogênicas ou carnívoras devem ser temporárias — mesmo diante de todas essas evidências. Mas isso não faz sentido, nem fisiológico nem histórico.


Se nossos ancestrais viveram a maior parte da história humana em cetose nutricional, por que deveríamos limitar uma dieta que cura doenças, reduz inflamações e regenera o metabolismo?


Essa advertência, frequentemente repetida até por profissionais bem-intencionados, revela um medo herdado de narrativas ultrapassadas e de uma dependência das diretrizes oficiais, que foram moldadas por interesses econômicos, não pela saúde pública.


E AS DIETAS VEGETARIANAS OU VEGANAS?


Embora muitos apontem benefícios dessas dietas (especialmente a curto prazo), os riscos a médio e longo prazo incluem:


Deficiências severas de B12, ferro, zinco, vitamina A, DHA e proteínas completas;


Dificuldade de manutenção muscular (especialmente em idosos);


Disfunções hormonais e metabólicas;


Risco elevado de consumo de carboidratos refinados, soja industrializada e ultraprocessados “vegan-friendly”.


Além disso, muitas vezes essas dietas são motivadas mais por ideologias (éticas ou ambientais) do que pela fisiologia humana — mas não tratado como superior cientificamente.


ENTÃO, QUAL É A MELHOR DIETA PARA O SER HUMANO?


A resposta honesta, coerente e fundamentada é:


A melhor dieta para o ser humano é aquela que respeita sua fisiologia, sua história evolutiva e sua necessidade de nutrientes densos, anti-inflamatórios e naturais.


Ou seja:


Uma dieta baseada em:


Carnes, ovos, peixes e órgãos


Gorduras naturais, inclusive saturadas


Vegetais fibrosos (opcional e adaptável)


Frutas e raízes de baixo impacto glicêmico (quando necessário)


Zero produtos refinados, industrializados, açucarados ou artificiais


Essa dieta pode assumir forma cetogênica, carnívora, paleolítica ou mista, desde que se mantenha alinhada com a estrutura biológica e metabólica humana.


CONCLUSÃO FINAL


A verdade nutricional não está nas diretrizes governamentais, nas pirâmides alimentares antigas ou nas campanhas midiáticas patrocinadas por indústrias de grãos, açúcar e medicamentos. Ela está na fisiologia humana, na história dos povos e nos resultados práticos que vemos na saúde de quem decide romper com as mentiras da modernidade alimentar.


Comer como o ser humano foi criado para comer — com comida de verdade, gordura natural e proteína animal — não é radical.

Radical é achar que margarina, cereal de caixa e óleo de soja, de milho, girassol e canola são comida.


#ASONE

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